quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Só tenho os ecos,
secos,
costurando o tempo,
há tempo.

Poria mais água na pele,
só por garantia:
leve, lave e guarde.

Entenderia o desvio e
a distância estendida,
mas o mal e a surpresa
sempre acordam,
e o trato sempre é mentira.

Tenho apenas como não saber,
e o gosto amargo que veio espiar
às vezes me assusta.
Como não assustaria?

É fraco, errado,
injusto e não é meu.
Não confiaria.
Tem o nome de outro.
Por que a alegria?

Ninguem passa, avisa e
volta à vista.
Não sei onde está,
já disse o que penso
e continuo sem pista.

Só sei que queria
lembrar onde deixei,
depois de tanto esperar,
a tua companhia.

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