o despertador toca no lado
esquerdo lado da
cidade e do
coração dela
toca pra uma fila de bocas
magras num grito pontual
que não alimenta
a órbita rasa acorda
a piscada clareia
no cessar do
som e
ilumina como surpresa
surpresa de
trincar cara seca
seca de tanto chorar
em sonho
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
eu fico com a raiva que vem
na minha
cabeça
com o meu porco
fisgado num anzol
de lata e de mentira
que sobe e sobe
naquela linha
bem devagar até arrebentar
com tudo
e comigo
eu fico uma tarde jogado
no semáforo
vestido de palhaço
pedindo só um minuto
e eu fico muito bem na foto
aérea da cidade
escondido como
a última semente do
silo gigante
chamado São Geraldo
abafado demais pra virar
vida
protegido demais pra matar muita
fome
na minha
cabeça
com o meu porco
fisgado num anzol
de lata e de mentira
que sobe e sobe
naquela linha
bem devagar até arrebentar
com tudo
e comigo
eu fico uma tarde jogado
no semáforo
vestido de palhaço
pedindo só um minuto
e eu fico muito bem na foto
aérea da cidade
escondido como
a última semente do
silo gigante
chamado São Geraldo
abafado demais pra virar
vida
protegido demais pra matar muita
fome
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
de uma ponta à outra o corpo cansa
a beira ferve e embaçaria mas
ozome quebra e por ora
a onda verde salva fria
lei
horizonte
e cara séria
embaixo do capuz não
muito longe
do hálito forte
da rua e da miséria
esconde
no mar de quem vigia se
precisar
o cheiro livre que vai
no bolso
enrolado pra nunca mais
voltar
a beira ferve e embaçaria mas
ozome quebra e por ora
a onda verde salva fria
lei
horizonte
e cara séria
embaixo do capuz não
muito longe
do hálito forte
da rua e da miséria
esconde
no mar de quem vigia se
precisar
o cheiro livre que vai
no bolso
enrolado pra nunca mais
voltar
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