quinta-feira, 13 de novembro de 2014

porta de dezembro
no horizonte

num fim de corredor
de prédios enrolados
em seda branca

cigarros jogados
na calçada lutando
com a chuva até o
último ponto de calor

o último bater
de coração
passa pelo universo
passa por um organismo
numa rocha vagando nele
passa por uma célula
a vida

passa então uma estrela
lá em cima

e a verdade
escreve a fórmula
e angula lupas
e acerta o meio
da fechadura
com o meio do olho

e espia outro universo