quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amanhã chove e o tempo corre,
deixei a janela aberta
pra poder ouvir quando o céu cair
e cantar as suas pedras.
Um passo em falso no asfalto descalço,
as batidas e a circulação.
Se atravessar a vida olhe pros dois lados
e tome cuidado com as sombras no chão.
Hoje cheguei mais cedo,
bebi o melhor medo,
comi a verdade crua,
e uma folha de vidro colhida na areia
rasgava a minha pele e a tua.
O seu grito amassado,
jogado pro alto,
uma troca de anéis dourados,
fotos e elogios,
um coração vazio em um corpo envenenado.
Ontem vi, no canto do quarto
escondido sozinho
sob o perfume da tua roupa,
o meu sonho em te ter.

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