Ele cumpria pena
na adega escura,
todas as noites do inverno.
Nada machucava
o canto da caneca,
nem o lábio duro
do velho que segurava
tremendo o toco
de vela apagado pela poeira.
Quase sempre chovia,
e quase sempre inundava tudo.
Sobrava uma parte pros cães
e o resto ia fora com a água,
descendo as escadas,
levando tudo que ele tinha,
como prova divina de cuidado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário