sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gosto forte.
Café forte, bebida forte,
comida forte, cigarro forte,
forte.
Por que esse corpo fraco?
A vontade do forte e um corpo frágil.
A degustação é cara, rara, quase que exclusiva,
e eu não tenho boa memória.
Gosto forte,
sem falar no paladar ansioso
que só pensa em misturar,
e nas doses mais do que generosas
que eu insisto em guardar
em mim.
Cada exagero é controlado e descontado
nos outros, e cada sorriso paciente não conta,
não existe, não ajuda.
Gosto estranho,
gosto do fim chegando, do controle mal calculado,
do calor da insônia, e da raiva de mim mesmo.
Gosto da noite, sem exagero.

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